Com certeza a solução não está em ações de improviso. Investimentos de curto prazo são para amadores – exploram recursos baratos (commodities) para pequenos retornos. Entretanto a gestão de crises começa muito antes de sua anunciação.Gosto mais da palavra otimizar do que reduzir – isso significa utilizar melhor, diversificar ao invés de “cortar”.  Empresas de primeiro mundo investem numa espécie de “pipeline” de gestão de processos, tecnologia e pessoas. A produção (serviços ou produtos), em sua maioria, é “temática”, isto é, produtos e serviços se modificam e caminham para uma adaptação one-by-one. A segmentação é reinventada em um período muito mais  curto. Com quase 80% do processo manual, a industria brasileira tem pouca ou quase nenhuma flexibilidade. Erroneamente, na busca por volumes de produção que reduzam o custo unitário, criam processos com etapas tão pequenas que empurram o operário para tarefas que, para eles, não possuem nenhum significado. Já realizamos inúmeras pesquisas de campo, quando o operário é questionado sobre que parte do produto está trabalhando, quase de 70% deles não tem a menor ideia do porque fazem o que fazem. Sendo assim, sem compreender o que faz, não produz com qualidade. Não faz os pequenos ajustes que deveriam ser necessários. Imagine a variedade de adaptações que esse colaborador deve fazer por dia para a crescente variedade de produtos que entram na linha de produção. Sem contar os erros gerados por uma tecnologia ultrapassada que só um ou outro colaborador possui o conhecimento para finos ajustes manuais.Sendo assim, a maioria das empresas entram no processo de reação as mudanças ambientais – poucas empresas aproveitaram o dólar baixo para modernizarem seu parque fabril. Já diziam os antigos: “o telhado a gente conserta em dia de sol”.Mesmo assim, seguem algumas dicas:

  1.  assuma que temos problemas – o tempo que você levar para isso é muito importante;
  2. levante os fatos – utilize o olhar de outras pessoas;
  3. não subestime o tamanho do problema e determine prioridades;
  4. parta para ação e monitore sua evolução.

Lembre-se que a empresa é resultado de sua habilidade de administrar. E que concordando ou não, você estará sempre certo (a final de contas você é quem manda).